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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Mercado de Trabalho para o Nutricionista
           As políticas públicas têm aberto oportunidades de trabalho para os nutricionistas. O Programa de alimentação do Trabalhador (PAT) exige que o responsável técnico seja um bacharel em Nutrição . O mesmo vale para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), mais conhecido como merenda escolar, que determina que as prefeituras contratem nutricionistas para cuidar da alimentação das escolas públicas. Esses profissionais também integram os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nas), que dão suporte direto às equipes do Programa Saúde da Família (PSF), do governo federal. O Sul e o Sudeste do país, devido à grande concentração de indústrias, ainda são as regiões que mais empregam nutricionistas. Em 2008, os restaurantes industriais e a área clínica foram os segmentos que mais absorveram esses bacharéis. Também há considerável oferta de emprego no segmento de alimentação coletiva, que abrange alimentação institucional (restaurante industrial).
Fonte: www.saude.gov.br

O Que você deve saber sobre Fibras alimentares
As fibras alimentares são os polissacarídios vegetais da dieta, como celulose, hemiceluloses, pectinas, gomas, mucilagens e a lignina (não polissacarídio) que não são hidrolisados pelo trato gastrointestinal humano.
Características das Fibras Alimentares:
1) Origem Vegetal;
2) Carboidratos ou derivados de carboidratos (exceto a lignina);
3) Resistência à hidrólise por enzimas digestivas;
4) Fermentáveis por bactérias dos cólons;
5) Atingem os cólons intactas/hidrolisadas e fermentadas pela flora dos cólons.

Tipos de Fibras Alimentares:

Fibras Solúveis:
Pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses. A fração solúvel das fibras traz benefícios à saúde, porque apresentam efeito metabólico no trato gastrintestinal, retardam o esvaziamento gástrico e o tempo do trânsito intestinal, diminuem a absorção de glicose e colesterol. Protege contra o câncer colorretal.

Fibras Insolúveis:
Celulose e algumas hemiceluloses. Fazem parte da estrutura das células vegetais e são encontradas em todos os tipos de substância vegetal. Constitui uma parte muito pequena da dieta (1g/dia) e ocorre principalmente em frutos com casca comestível e sementes. Não se dissolvem na água, aumentam o bolo fecal, aceleram o tempo de trânsito intestinal pela absorção de água. Melhorando a constipação intestinal, anulando o risco de aparecimento de hemorróidas e diverticulites (inflamação da parede do intestino).

Celulose: Frutas com cascas, farinha de trigo, farelos, sementes.


Hemicelulose: Grãos de cereais, farelo de trigo, soja e centeio.

Pectina: Frutas cítricas, principalmente a casca é rica em pectina, maçã, batata, limão, laranjas, legumes e vegetais.

Gomas: Farelo de aveia, farinha de aveia, farelo de cevada.

Mucilagens: Sementes e algas (agar-agar).

Lignina: Grão integral, ervilha, aspargos.

Funções das fibras no organismo
1) Estimulam a mastigação, e assim, a secreção da saliva e suco gástrico;
2) Enchem o estômago proporcionando uma sensação de saciedade;
3) Promovem regulação do tempo de trânsito intestinal, atrasando o esvaziamento gástrico, tornando mais lento a digestão e absorção;
4) No cólon devido a sua capacidade de absorver água, forma fezes volumosas e macias;
5) São substratos para fermentação por colônias de bactérias;
6) Atuam no metabolismo dos carboidratos no controle da glicemia formando um gel (pectina e goma) no intestino tornando mais lento a velocidade na qual a glicose entra na corrente sanguínea;

Recomendações nutricionais:
A ingestão deve consistir em quantidades iguais de fibras solúveis e insolúveis, num total de 20 a 30g de fibras diárias, no máximo 35g ou 10 a 13g de fibras para cada 1000 Kcal ingeridas. O excesso de fibras interfere com a absorção de zinco e cálcio, especialmente em crianças e idosos.

 (Contribuição: Profa. Dina Celly)



ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

                  Nos últimos 50 anos, o Brasil apresentou aumento da expectativa de vida, redução da mortalidade infantil, diminuição do número de nascimentos, aumento da população urbana e do poder aquisitivo. Estas alterações levaram a redução da mortalidade por doenças infecciosas e aumento das doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes, hipertensão e obesidade. Resultante aos fatores econômicos, demográficos e culturais ocorridos nas últimas décadas, observamos também a mudança do estado nutricional, devido às modificações do estilo de vida.

              A inadequação alimentar é uma das principais causas de risco a saúde.
No Brasil, a tendência no consumo de alimentos dos grupos dos cereais (principalmente os integrais), frutas, leguminosas, legumes e verduras é de queda. Enquanto isso, o consumo de biscoitos (grupo dos cereais) e de açúcares (grupo dos doces e açúcares) aumentou drasticamente. Essa mudança reflete a diminuição no consumo de fibras, que no Brasil a média era de 20g na década de 70 e de 12g na década de 90. De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, a recomendação para o consumo de fibras é de 20g diárias. As fibras podem ser encontradas principalmente na aveia, farelo de trigo integral, quinoa, linhaça, frutas, verduras, legumes, feijão, pães e cereais integrais.

             Estudos têm mostrado que o consumo de fibras acima de 20g/ dia melhora a sensibilidade insulínica e reduz processos inflamatórios em indivíduos acima do peso.

             Com a transição alimentar também se observa aumento no consumo dos grupos alimentares do leite e derivados e carnes, sendo que em 1974 o consumo desses grupos correspondia a 14,9% do consumo energético diário das famílias brasileiras; em 2003, essa participação foi de 21,2%. Em relação ao grupo das carnes o aumento ocorreu para os tipos bovina (superior a 22%), frango (superior a 100%) e embutidos (superior a 300%), ricos em gordura saturada e colesterol; já para os peixes, fonte de ácidos graxos insaturados, houve diminuição no consumo (menor que 50%)

           Com isso, a participação da gordura na dieta do brasileiro ultrapassou o valor energético total da dieta em 2003, representado principalmente pela gordura saturada. Para uma dieta saudável, deve-se dar preferência aos óleos vegetais, ricos em gordura insaturada, ao invés das gorduras animais, fonte de gordura saturada. Algumas fontes de gordura saturada seriam carnes gordas, manteiga, leite integral, bacon, torresmo, linguiça, salame e mortadela. As preferências seriam o óleo de oliva (azeite) e de linhaça para temperos, óleo de canola, girassol e amendoim para cozinhar.

Exemplos de carnes magras.


Carnes bovina
Carne bovina*
Carne suína
Aves
Patinho
Contra-filé
Pernil
Frango sem pele
Músculo
Acém
Filé de lombo central
Peru sem pele
Miolo da paleta
Lagarto
Carne de cordeiro
Chester sem pele
Coxão mole
Maminha


Peixinho
Miolo de Alcatra



Fraldinha




           O crescente aumento no consumo de refeições industrializadas também é um dos agravantes à saúde. Quanto maior a freqüência no consumo de fast foods por semana, por um longo período da vida, maior é o ganho de peso e maior o descontrole da glicemia.

          Ressalta-se que a prática de atividade física é igualmente estratégica para redução de peso e controle da glicemia. Não é possível separar o consumo alimentar do gasto energético. Com a orientação de um nutricionista, os resultados de perda de peso e controle da glicemia, aspectos difíceis de serem alcançados pelas “dietas da moda”, podem ser excelentes e atingidos sem comprometimento da saúde e do estado nutricional.
(Contribuição da Profa. Dina Celly)
Para consultar:
  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira : Promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 236p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
  2. www.diabetes.org.br